O Manuscrito de Voynich é um pequeno livro de 204 páginas e envolve alguns dos maiores mistérios da literatura. Por exemplo, o idioma em que foi escrito, composto por caracteres bem definidos, não condiz com nenhuma língua conhecida pelo homem.
Além disso o livro possui dezenas de desenhos representando plantas e animais mas, novamente, não se parecem com a fauna e flora que conhecemos em nosso planeta. Bizarro!
Apesar de não ter sido traduzido, é possível identificar os assuntos do livro com base nas ilustrações. Seu conteúdo parece ser dividido em cinco sessões:
Wilfrid Voynich (1865 – 1930) foi um polonês enviado para a Sibéria por ter comportamento considerado “revolucionário” pelo império russo.
Logo depois de fugir, se estabeleceu na Inglaterra e montou em Londres uma livraria especializada em textos de segunda mão. Por ser um exilado político, sua pequena livraria frequentemente atraia outros exilados. Dizem inclusive que Karl Marx a frequentava.
Voynich costumava viajar pela Europa em busca de novos livros e afirmou ter comprado o manuscrito de um padre jesuíta na Villa Mondragone (Itália), em 1912. De acordo com seu relato, o manuscrito estava embrulhado dentro de uma espécie de carta.
A carta escrita em 1665 por Johannes Marcus Marci, um físico do Sacro Império Romano, comentava que haviam dois possíveis autores do manuscrito: John Dee (1527 – 1608), mago e astrólogo da Rainha Elizabeth 1ª ou Roger Bacon (1214 – 1292), um conhecido alquimista inglês.
Depois de ficar famoso, o manuscrito recebeu o sobrenome de seu curador.
O manuscrito foi comprovadamente datado do século XV através de testes de carbono e os exames da tinta utilizada também indicam ser da mesma época, contudo as cores das imagens parecem ter sido inseridas depois.
Muitos criptógrafos e linguistas já se dedicaram a estudar o manuscrito. William Friedman, por exemplo, especialista em criptografia da NSA (denunciada pelo Snowden, lembra?) afirma ter gastado 30 anos estudando os manuscritos.
Botânicos norte-americanos encontraram semelhanças entre algumas plantas do livro e algumas plantas da América do Sul, mas nada muito preciso.
Na verdade não existe uma conclusão, mas se usarmos a Navalha de Occam aqui, o mais provável é que tenha sido feito de forma confusa e surreal propositadamente com a intensão de ser vendido como um mistério.
O livro passou pelo teste de carbono, mas a carta onde ele estava anexado não, e alguns acreditam que esta foi uma falsificação de Wilfrid Voynich para dar maior valor à sua descoberta.
Também já foi dito que o livro é um diário ilustrado de um adolescente extraterrestre que o esqueceu na Terra antes de partir. Acho um pouco menos provável, mas enfim…
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